Ministério da Transparência declara inidônea mais uma empreiteira da Lava Jato
O Ministério da Transparência, Fiscalização e Controle, antiga CGU (Controladoria-Geral da União), publicou nesta quinta-feira (9) a decisão de proibir mais uma empreiteira envolvida na Operação Lava Jato, a Skanska, de contratar com a administração pública.
A declaração de inidoneidade está no Diário Oficial desta quinta. Em abril, a CGU havia declarada inidônea a construtora Mendes Junior.
A Skanska fica proibida de participar de novas licitações e de ser contratada pela administração pública nas esferas federal, estadual e municipal por, no mínimo, dois anos. Em 2014, já investigada pela Lava Jato, a empresa sueca anunciou que deixaria de atuar no Brasil.
Segundo nota do ministério, "ficou comprovado que a Skanska coordenava suas ações junto às concorrentes para reduzir a competitividade nos processos licitatórios", combinando preços e quais seriam as vencedoras.
O ministério afirma também que "foi demonstrado que a construtora efetuou o pagamento de propinas no valor de R$ 3 milhões a agentes públicos com a finalidade de firmar um contrato de mais R$ 1,3 bilhão com a Petrobras para a ampliação do Terminal de Cabiúnas, no Rio de Janeiro, o que caracteriza a falta de idoneidade".
A Skanska foi citada por delatores da Lava Jato como integrante do cartel que atuava na Petrobras e, por isso, passou a ser alvo de processo administrativo na CGU.
As conclusões do processo administrativo serão encaminhadas ao Ministério Público Federal, ao Tribunal de Contas da União e à Advocacia-Geral da União para tomarem outras providências contra a empreiteira.
A reportagem não conseguiu entrar em contato com a Skanska até o momento.



